“Não faço o bem que queria, mas o mal que não quero.” (Romanos 7:19)
Olhando o celular viu que em algum momento havia lido tal mensagem, mas talvez o impacto não fora como agora.
A semana que passara havia sido bastante atribulada, por várias vezes ela esteve à beira de pisar na lama, talvez até tenha sujado a ponta do seu dedão, ou sujou um dos pés; não sabia. Apenas percebeu que não fazia o bem que deveria ter feito. Não falara a palavra que deveria ter dito. Não abraçou como queria.
Mas sabia que tinha feito o mal que não deveria ter feito.
Primeiro, levou-se pelo poder da sedução. Não resistiu aos encantos do mundo, e cedeu. Ela estava tão tomada pelo desejo que esqueceu da sua aliança com Cristo. Até pensou que aquilo não era nada. Como se Deus não fosse ver o que havia feito. Mas lá no íntimo sabia que Deus vê, ouve e sabe tudo.
Foi levando, brincando, seduzindo e sendo seduzida. O apelo foi forte. Os pensamentos intensos. E deixou-se levar. E foi então que a primeira gota de lama tocou seu pé.
Num segundo momento, não falou o que deveria. Foi levada pela soberba, inveja e ciúme. Apunhalou o que não devia. Feriu com a sua palavra. E depositou desconfiança na mente de quem estava sã, e transformou-o em loucura.
“Quem vigia a sua boca guarda sua vida; quem muito abre a seus lábios se perde.” (Provérbios 13:3)
Ouvindo àquela palavra ela finalmente sentiu o arrependimento tocar o seu coração; e vendo aquele cenário de destruição, envergonhou-se e pediu perdão a Deus. Mas já era tarde, e o toque do inimigo já havia tocado seus pés.
Mas a misericórdia de Deus a revestiu com amor e limou aquela sensação de opressão.
Reformar, disse o pastor. Mudar a história traçada por ela era o inicio da reforma. E àquele suave toque agora fazia sentido.
Era estupidez voltar a ser a mulher de Jô; toda a conquista já estava em suas mãos, materialmente não sentia, mas seu espírito sabia que sua vitória estava bem à sua frente. O que ela precisava faze para tê-la? Apenas limpar seus pés sujos por lama e seguir o chamado.
Mas que chamado? – perguntou-se.
A resposta ainda não era concreta. Mas a certeza de que havia um chamado e um ministério a ser seguido era tão mais vivo que ela mesma.
Dobrou seu joelho e orou pedindo a Deus para que ela pudesse ter uma chance e mostra que poderia fazer diferente. E foi o que Deus fez, limpou sua mente, retirou o peso da amargura e a revestiu com o dom do Espírito Santo, pois ela sabia que seu corpo era templo do Espírito de Deus.
Quem teme a Deus sabe qual o caminho a seguir – argumentou o pastor.
E ela se viu naquele momento, temente ao Deus vivo. Pois quem tem a presença do Espírito Santo em sua vida, não pisa em local não consagrado e muito menos se deixa levar pelos impulsos do mundo.
E hoje, ela percebeu o quanto é saudável ser morada do Senhor; a paz retornou; a felicidade é visível; a renovação do espírito e da vida foi feita.
Não vale a pena se perder pelo meio do caminho.
Quando optamos em seguir com Jesus Cristo, devemos ser fieis primeiramente a Ele, mas intimamente a nós mesmo. Porque de que valeria nossa palavra? Não é o cumprimento da sua palavra que o faz homem verdadeiro? Então porque não cumprir sua promessa com Cristo?
Éreis trevas, agora sois luz! Não vale a pena apagar essa luz que é Jesus!
Faça o bem que deve ser feito a você e não o mal que o afastará da palavra do evangelho.
Buscar a bondade, paciência, compaixão, caridade, humildade em nós nos faz diferente aos nossos olhos e aos lhos do Pai.
Não levantemos a bandeira do mundo, mas sim levantemos para o mundo a bandeira de Deus: Amor!
Uma semana abençoada em Cristo Senhor !
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